sábado, 14 de setembro de 2013

O Outro lado de CLAUDIO GRIGOLLETTO: RÉU CONFESSO?

RÉU CONFESSO? NÃO! ESTRATÉGIAS E MAIS MENTIRAS

Claúdio Girgolletto, piloto, instrutor de voo e empresário ambicioso que teve a boa ideia de vender aviões ultraleves para o Brasil. Aos 32 um bem sucedido empresário que a imprensa italiana afirma que tinha uma “esposa” e duas filhas, porém esqueceram-se de mencionar que durante a gestação da “esposa” o relacionamento desceu pelos ralos da casa de campo que Grigolletto comprou em Franciacorta.

Jovem rico que passava suas férias em lugares reservados somente para ricos - lugares sofisticados e privilégio de um público selecionado, estações de férias como Bianza e Monza. Ele comprou uma mansão em Adro uma pequena cidade italiana localizada no sopé do Monte Alto. Adro foi o resort de famílias nobres que construíram palácios e mansões, como Villa Terzi - Cochard no estilo do século XVI, o Palazzo Terzi e Pradella do século XVII já Pecchio, com afrescos incomuns por Giuseppe Villa Giulia Manfredini, a família De Riva, em projeto Tagliaferri, de estilo Inglês. Grigolletto comprou uma destas mansões. 

                                      Brianza - Beleza para os ricos

O sujeito nasceu bem e vivia mais bem ainda: uma vida de conforto e privilégios  Legados somente para ricos e bem nascidos. Mas com toda riqueza, dinheiro, conforto, mansão, o empresário conseguiu mostrar sua verdadeira face: um bruto, assassino cruel capaz de cometer um crime hediondo, uma mente doentia e fantasiosa. 

                                         Brianza para os bem nascidos
Não se sabe bem os motivos do bárbaro crime, o promotor responsável pela investigação  afirma que o triste episodio se deu porque Grigolletto estava tentando reconstruir seu casamento, que diga-se de passagem, um casamento falido, que se mantinha apenas pelos alicerces da mansão e do medo do escândalo.

Curioso é que este casamento proclamado publicamente para os amigos como definitivamente acabado, de um momento para outro, toma vulto, ganha importância no tribunal e na imprensa italiana e pior : torna-se a grande justificativa para se tirar a vida de um ser humano, como se a vida de Marília não fosse importante, como se a vida da filha que esperava aconchegar nos braços não tivesse importância alguma, como se salvar o casamento do "Grigo" fosse a grande prioridade, e a vida não representasse nada... Não uma vida, mas duas vidas... A vida de Marília e a vida da pequena Vitória que chegaria a este mundo por ocasião do Natal trazendo alegria e orgulho para a vovó Natália  para o vovô Anderson, sorrisos para tia Lu e um amor incondicional da mamãe Marília.


O casamento falido de Jessica e Cláudio subtraiu os direitos da mãe, avós, bisavós, tia.  Que direito tinha este “casamento”, (entre aspas) de roubar, furtar, subtrair vidas, amor, alegrias, futuro? Se realmente este “casamento” tinha assim tamanha importância, então porque a chama da união, da fidelidade, da alegria, do amor se apagou?

Sim, a chama se apagou quando Grigolletto convidou os amigos para a costumeira “pizza” e levantou a taça em um brinde para comemorar a gravidez de Marília. Uma gravidez que Claudio Grigoletto, não parecia preocupado em esconder de ninguém , ao contrário, anunciou para todos os amigos a paternidade, seu futuro com Marília, brindando o momento com champagne. Tudo parecia alegre, festivo, teve abraços, parabéns e muitos votos de felicidades.


Grigolletto ao levantar a taça disse: VORREI brindare con voi, sto per diventare ancora papà” (Quero brindar com vocês, pois estou prestes a me tornar papai). Abraçou um por um os amigos. Porém os amigos ficaram confusos, pois Grigolletto acabará de ser pai pela segunda vez e não brindava o nascimento de sua herdeira mais nova, que havia completado talvez apenas algumas semanas de vida. Grigolletto brindava, sim o filho que teria com Marília - filho que ela ainda trazia no ventre.

Os amigos presentes na comemoração, que, diga-se de passagem, “pública”, ficaram confusos, pois ninguém esperava de Grigolletto uma comemoração, ainda que todos soubessem do relacionamento de Grigolletto com Marília, a comemoração pareceu a todos inoportuna, pelo fato do nascimento recente da filha. Mas para o Grigo, tudo parecia mais que normal, tanto que agia com naturalidade, e entre um brinde e outro deixava transparecer seu orgulho pela paternidade. Mas será que aquela mente doentia estava apenas encenando uma dramática peça teatral com fundo fúnebre?

Na ocasião um dos amigos presentes aproveitando-se de um momento de distância dos demais se arriscou a perguntar discretamente sobre sua esposa Jessica Alari e Grigolletto respondeu que: “La storia con Jessica è finita. Sono già fuori casa, il mio futuro è con Marilia. Con Marilia e con un figlio”. (A história com Jessica acabou, até já estou fora de casa, agora meu futuro é com Marília. Com Marília e com um filho) - Que futuro o cruel assassino estava reservando para Marília e para o filho?


Em outra ocasião, confirmou para Frederica, uma amiga comum do casal: “adesso l'ho lasciata” referindo-se a esposa. Frederica assim declarou aos jornalistas:  - Saímos todos para comer uma pizza depois das aulas de voo e fomos informados que estavam esperando um bebê e que ele Grigo havia deixado sua esposa... “della moglie diceva: adesso l'ho lasciata”, (da mulher dizia: agora eu a deixei). E afirmou que a esposa sabia  do relacionamento dele com Marília e da intenção de  viverem juntos. Que a "esposa” Jessica Alari sabia da relação do marido -  isto era fato.

Tanto que sabia que Jessica publicou no dia 26 de agosto/2013 em sua página do Facebook. Aqui grifo -  apenas três dias antes do cruel assassinato:"Non ho un fisico da sballo, per alcune persone sono antipatica. Non potrò mettermi minigonne e tacchi 20 cm, ma ho le mie bambine e sicuramente danno più emozioni di tacchi e bellezza". (Não tenho um corpo como o seu, para algumas pessoas sou antipática. Não posso usar minissaias e nem saltos de 20 cm, mas tenho as minhas crianças e com toda certeza elas dão mais emoções que saltos e beleza).

Que pensamentos moveu Jessica Alari a este desabafo? Quem sabe sentia-se ridicularizada ou então raivosa por saber que o marido estava com uma bela e jovem mulher, dona de um corpo, que a imprensa italiana assim definiu: “la ragazza brasiliana, aveva un fisico che faceva girare la testa” (a garota brasileira tinha um corpo que fazia rodar a cabeça). Marília tinha também uma simpatia e um sorriso que a iluminava, bem ao contrário de Jessica que declarou no facebook que era considerada antipática por muitos, de forma que uma vez mais fazia comparações entre si e Marília.
                                           A bela Marília - um sorriso  iluminava

Jessica também publicou na sua página e em tom de desabafo:

“Le donne sono mamme - lavorano dentro e fuori casa, si sacrificano, amano, soffrono, cadono, si rialzano, rinascono dopo ogni delusione” (As mulheres são mães, que trabalham em casa e fora, se sacrificam, amam, sofrem, caem, levantam-se e renascem após cada desilusão). Sabia ela, que foi traída pelo marido, não escondia sua desilusão e a maternidade era sua única arma para lutar, sua única certeza de sair vitoriosa, seu escudo. Seguramente Jessica empunhou sua única arma do momento -  as filhas, como se as pequenas crianças  fosse a garantia de que o “marido” não a abandonaria.

Todavia, os posts de Jessica Alari não começaram com desabafos e nem com demonstrações de maternidade, mas sim com críticas agressivas, preconceito, racismo, discriminação, tanto é verdade que no mês de junho/2013 postou no Facebook duas imagens. Na primeira: bailarinas brasileiras, muito provavelmente passistas das escolas de samba e escreveu abaixo: “Un giorno la bellezza scompare” ( uma dia a beleza acaba).Na segunda imagem: uma moça cuidando de um homem doente e abaixo escreveu Jessica  : “Lei è una vera donna”. (Ela sim é uma verdadeira mulher).

Jessica criticava, fazia comparações, e sinuava que as mulheres brasileiras são todas bailarinas e podem oferecer a um homem somente sua beleza, enquanto que mulheres como ela eram mulheres de verdade, capazes de cuidar de um homem doente, sem interesse algum. Com as imagens e seus dizeres deixou claro seu racismo em relação à mulher brasileira. – Que mulher tola! Que mulher invejosa! – Que mulher preconceituosa! – Que mulher sem amor próprio!
                                             Jessica Alari - a "esposa"

Jessica Alari publicou seus pensamentos, deixando claro que a mulher certa para o “Grigo” era ela: a esposa, a mama que a imprensa italiana beatificou pela maternidade e pela certidão de casamento. Afinal ela estava ainda na cômoda posição de “esposa”, o casamento ainda estava sacramentado no cartório de registro civil. E Ela na sua posição de esposa podia criticar, alfinetar, menosprezar, discriminar, sempre sentada no seu trono e a pobre Marília, foi logo de inicio rotulada como a bailarina, “a amante brasileira”, pois ela estava sem um trono, sem um documento sacramentado em cartório que fazia dela formalmente uma esposa. Mas sabia Jessica que foi traída pelo marido, talvez sua desilusão não coubesse mais na grande sala do trono da “esposa”, porém ela não admitia publicamente, talvez por orgulho feminino, porque queria ela ser a “melhor”, afinal  era a esposa,  a mãe e italiana.  - Quanta hipocrisia social!

E a hipocrisia familiar continuou, pois justamente no dia que Marília foi assassinada Jessica Alari postou uma foto do Marido “Grigo” com as filhas nos braços em um bosque. E Jessica escreveu: “I miei tre amori” (os meus três amores). Sabia ela do crime?

Ninguém nunca terá a resposta para esta pergunta, pois Jessica não vai confessar que sabia, que era de acordo, pois se fizer será considerada cúmplice. Contudo, a frase por ela publicada, com a imagem do “bom pai” com as filhas leva a múltiplas interpretações, inclusive traz a tona muitas indagações, muitos sentidos ocultos. Curioso  que a mesma foto foi postada ou marcada no perfil de Grigolletto. Por quem?

O casal Grigolletto na tarde de domingo (três dias após o crime)  foi visto juntos no hangar do aeródromo  cumprimentaram,  tomaram algum coisa e foram embora. Ao que tudo indica queriam ser vistos juntos, queriam mostrar que estavam bem, que não tinham preocupação alguma, que nada de anormal aconteceu na vida do casal, que tudo voltara a ser como antes. Mas por quê no aeródromo onde estava sempre com Marília? A pedido de Jessica ou por ser o Grigo decididamente um psicopata?

Ora, mas ninguém pode deixar de grifar que algo mudou na vida de Jessica desde o desabamento do casamento, pois se antes ela postava fotos sorridente, despreocupada, a exemplo das fotos da despida da solteira. Passou a outras postagens: fotos formais, sérias, mudou até mesmo a cor do cabelo de loiro para escuro, na tentativa de se mostrar como dona de casa, esposa, mãe. 
Qual o motivo de mudança tão repentina? Qual o motivo da pose de rainha do lar?


Quando Grigolletto foi preso acusado do assassinato Jessica disse aos jornalistas: “Non posso proprio parlare.. Rivolgetevi al mio avvocato” ( Não posso dizer nada. Entrem em contato com minha advogada). E a advogada do casal, Elena Raimondi,  declarou que a mulher de Grigoletto, Jessica Alari, recebeu a notícia sobre a traição. "Em uma noite, ela ficou sabendo que o marido tinha outra mulher, que essa mulher esperava um filho, que poderia ser dele e ainda viu a polícia levá-lo de casa como o principal suspeito da morte dessa mulher. Acho que não preciso dizer como ela se sente. Mas a sua decisão é de apoiar o marido". (Aqui vale grifo). Apoiar um marido que comete um crime tão feroz? Por quê? Por dinheiro, por amor, pela sua responsabilidade de esposa, afinal pelo juramento: “Na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza.”

Escreveu Jessica no FB: eu na moto na casa de Claúdio em sua moto.. bela fess

Até quando a Jessica pretende posar de “esposa beatificada . Até quando irá consentir que o casamento seja usado pelo criminoso como justificativa do crime? Que orgulho próprio tem esta mulher, essa mãe? Será falta de orgulho próprio, amor, apego ao dinheiro, à vida de luxo e conforto?

A advogada do casal também declarou que esteve com o cliente pela manhã e que a única preocupação dele naquele momento era com a família. "Ele está muito preocupado, não com ele, mas com as filhas pequenas e com a mulher, que está no período pós-parto". 

Que declaração contraditória e absurda! Um sujeito, principal suspeito de um crime hediondo e a advogada quer convencer que o Grigo é “Um protetor”, que se preocupa mais com os outros que consigo mesmo. O Grigo não se preocupou com a gravidez da “esposa”, com o seu pós-parto, quando brindava com champagne a gravidez de Marília e dizia para todos sem o menos pudor que havia separado da mulher e que seu futuro era com Marília. Quem o fez mudar de ideia em poucos dias e cometer um crime horroroso  A mulher? As filhas? Ou dinheiro? Talvez não quisesse partilhar a mansão que acabara de comprar no caso de uma dissolução do matrimônio.

Que preocupação teve este “homem doméstico” quando brutalmente tirou a vida de Marília e de sua própria filha que no ventre materno crescia? 

A despeito da imagem “família” que a advogada tentou criar para Cláudio Grigolletto, ele não passa de um assassino cruel, frio, fanfarrão, rico e mentiroso. Um sujeito que achava que neste mundo tudo podia. Um homem burro que sequer soube cometer um crime perfeito ou então um homem que entendeu que Marília era nada, que sua morte não iria afetar ninguém, que ela não tinha importância alguma. Afinal era só uma moça brasileira, a "amante" conforme a chama a imprensa italiana.

Um piloto que se vangloriava dizendo: “Io sono il più bravo” (eu sou o melhor)  e contava mentiras sobre missões no Afeganistão. A esposa Jessica outra mentirosa que se deu ao trabalho de fazer curativos na mão de um assassino e depois mentir para a policia dizendo que o “marito” se feriu enquanto brincava com as filhas. Mentira tola que logo foi descoberta, já que marido disse que feriu consertando motor de avião. Dois grandes mentirosos e convenhamos:  se merecem, pois são a tampa e o balaio.


O Grigo mentiu e mentiu até onde conseguiu, por fim quando todas as provas mostraram quem era o assassino, decidiu confessar-se culpado. Deu  sua versão absurda e contraditória.  Segundo o assassino confesso de Marília, os dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher teve após a queda.

Versão de pronto contestada pelos investigadores. Os exames periciais mostraram que a jovem morreu por estrangulamento, não em decorrência de uma queda. Lembrou os peritos do ácido muriático que ele tentou fazer Marília ingerir, da amônia, das 
luvas que o assassino usou para manipular o ácido, do tubo de gás que ele abriu e a chave usada foi encontrada entre seus pertences, os recibos de compra de amônia, ácido, luvas e etc encontrados no seu escritório, os resíduos de pele do assassino encontrado nas unhas de Marília. 

Como se todas estas provas por si só não bastasse, os investigadores ainda encontraram no seu telefone pesquisas sobre venenos, explosivos, ácidos dias antes do crime e também encontrarem um acesso do Grigolleto pesquisando sobre explosão e sobre a morte de Marília, alguns minutos após tê-la assassinado.

Na verdade é que ele confessou apenas que acorreu o evento morte, durante uma luta corporal, não disse a verdade, não se mostrou arrependimento e contou um monte de mentiras sabe-se instruído por quem? O que se sabe é que tentou se safar da prisão perpétua confessando – tudo não passou de estratégias dos advogados quando perceberam que não  seria mais possível continuar negando inocência, já que as provas periciais apontavam para o assassino: Cláudio Grigolletto.


De acordo com o promotor Fernando Martins, que acompanhou na Itália a investigação do crime: “a confissão pode ser uma estratégia do empresário para se livrar da prisão perpétua, pois no processo penal italiano, quando o réu confessa, ele cai em uma situação de processo primário e negocia a pena. Neste caso tem que cumprir no mínimo 20 anos e depois poderá ser solto. No procedimento normal ele pegaria prisão perpétua. Com certeza a confissão foi uma estratégia. Mas tem uma outra visão, porque na parte cível ele terá de indenizar a família da vítima”.

Confissão Ilustre Promotor? Não, de forma alguma, discordo plenamente! Pois o réu deve confessar fatos que sejam do seu conhecimento e não dependam de comprovação por outras fontes, a exemplo de provas periciais, testemunhais, documentais - Fatos que estejam em acordo com as provas do inquérito  Em poucas palavras, a confissão é a admissão por parte do acusado da veracidade da imputação que lhe foi feita pelo acusador. Na confissão, o réu deve pormenorizar todas as circunstâncias atinentes ao fato confessado, a fim de que dúvidas não subsistam no espírito do julgador.

Grigolletto deu uma versão dos fatos que contraria todas as provas do inquérito. Qual juiz vai julgar com base na versão dada pelo réu confesso se todas as provas demonstram as mentiras por ele contadas, faz cair por terra todos os fatos por ele afirmados?

Portanto Grigolletto nada confessou, apenas disse que matou e deu uma versão mentirosa dos fatos, versão esta contestada pelos peritos criminais e de pronto. Isto não é confissão e sim tentativa de ludibriar, de mascarar a verdade, assim nada mais justo que os tribunais o condenem a uma pena de prisão perpétua e que ele viva muitos anos para aproveitar a cadeia.





- Cumpre aqui esclarecer: 

- Todas as imagens foram baixadas da internet, encontradas em sites públicos.

- Todas as citações foram extraídas de textos em sites da internet, publicadas por jornais italianos, outras na imprensa brasileira.






Um comentário:

Andrea Lima disse...

As vezes dormimos com o inimigo! Que sujeito cruel e ardiloso.