RÉU CONFESSO? NÃO! ESTRATÉGIAS
E MAIS MENTIRAS
Claúdio Girgolletto,
piloto, instrutor de voo e empresário ambicioso que teve a boa ideia de vender
aviões ultraleves para o Brasil. Aos 32 um bem sucedido empresário que a
imprensa italiana afirma que tinha uma “esposa” e duas filhas, porém
esqueceram-se de mencionar que durante a gestação da “esposa” o relacionamento
desceu pelos ralos da casa de campo que Grigolletto comprou em Franciacorta.
Jovem rico que passava suas férias em lugares
reservados somente para ricos - lugares sofisticados e privilégio de um público
selecionado, estações de férias como Bianza e Monza. Ele comprou uma mansão em
Adro uma pequena cidade italiana localizada no sopé do Monte Alto. Adro foi o
resort de famílias nobres que construíram palácios e mansões, como Villa Terzi
- Cochard no estilo do século XVI, o Palazzo Terzi e Pradella do século XVII já
Pecchio, com afrescos incomuns por Giuseppe Villa Giulia Manfredini, a família
De Riva, em projeto Tagliaferri, de estilo Inglês. Grigolletto comprou uma
destas mansões.
Brianza - Beleza para os ricos
O sujeito nasceu bem e
vivia mais bem ainda: uma vida de conforto e privilégios Legados somente para
ricos e bem nascidos. Mas com toda riqueza, dinheiro, conforto, mansão, o
empresário conseguiu mostrar sua verdadeira face: um bruto, assassino cruel capaz
de cometer um crime hediondo, uma mente doentia e fantasiosa.
Brianza para os bem nascidos
Não se sabe bem os
motivos do bárbaro crime, o promotor responsável pela investigação afirma que o triste episodio se deu porque
Grigolletto estava tentando reconstruir seu casamento, que diga-se de
passagem, um casamento falido, que se mantinha apenas pelos alicerces da mansão
e do medo do escândalo.
Curioso é que este
casamento proclamado publicamente para os amigos como definitivamente acabado,
de um momento para outro, toma vulto, ganha importância no tribunal e na
imprensa italiana e pior : torna-se a grande justificativa para se tirar a vida de um ser humano,
como se a vida de Marília não fosse importante, como se a vida da filha que
esperava aconchegar nos braços não tivesse importância alguma, como se salvar o
casamento do "Grigo" fosse a grande prioridade, e a vida não representasse nada...
Não uma vida, mas duas vidas... A vida de Marília e a vida da pequena Vitória
que chegaria a este mundo por ocasião do Natal trazendo alegria e orgulho para
a vovó Natália para o vovô Anderson, sorrisos para tia Lu e um amor
incondicional da mamãe Marília.
O casamento falido de
Jessica e Cláudio subtraiu os direitos da mãe, avós, bisavós, tia. Que direito tinha este “casamento”, (entre
aspas) de roubar, furtar, subtrair vidas, amor, alegrias, futuro? Se realmente
este “casamento” tinha assim tamanha importância, então porque a chama da união,
da fidelidade, da alegria, do amor se apagou?
Sim, a chama se apagou
quando Grigolletto convidou os amigos para a costumeira “pizza” e levantou a
taça em um brinde para comemorar a gravidez de Marília. Uma gravidez que
Claudio Grigoletto, não parecia preocupado em esconder de ninguém , ao
contrário, anunciou para todos os amigos a paternidade, seu futuro com Marília,
brindando o momento com champagne. Tudo parecia alegre, festivo, teve abraços,
parabéns e muitos votos de felicidades.
Grigolletto ao levantar
a taça disse: “VORREI brindare
con voi, sto per diventare ancora papà”
(Quero
brindar com vocês, pois estou prestes a me tornar papai). Abraçou um por um os
amigos. Porém os amigos ficaram confusos, pois Grigolletto acabará de ser pai
pela segunda vez e não brindava o nascimento de sua herdeira mais nova, que havia
completado talvez apenas algumas semanas de vida. Grigolletto brindava, sim o
filho que teria com Marília - filho que ela ainda trazia no ventre.
Os amigos presentes na
comemoração, que, diga-se de passagem, “pública”, ficaram confusos, pois ninguém
esperava de Grigolletto uma comemoração, ainda que todos soubessem do
relacionamento de Grigolletto com Marília, a comemoração pareceu a todos
inoportuna, pelo fato do nascimento recente da filha. Mas para o Grigo, tudo
parecia mais que normal, tanto que agia com naturalidade, e entre um brinde e
outro deixava transparecer seu orgulho pela paternidade. Mas será que aquela
mente doentia estava apenas encenando uma dramática peça teatral com fundo
fúnebre?
Na ocasião um dos
amigos presentes aproveitando-se de um momento de distância dos demais se
arriscou a perguntar discretamente sobre sua esposa Jessica Alari e Grigolletto
respondeu que: “La storia con Jessica è
finita. Sono già fuori casa, il mio futuro è con Marilia. Con Marilia e con un
figlio”. (A história com Jessica acabou, até já estou fora de casa, agora
meu futuro é com Marília. Com Marília e com um filho) - Que futuro o cruel
assassino estava reservando para Marília e para o filho?
Em outra ocasião,
confirmou para Frederica, uma amiga comum do casal: “adesso l'ho lasciata” referindo-se a esposa. Frederica assim
declarou aos jornalistas: - Saímos
todos para comer uma pizza depois das aulas de voo e fomos informados que
estavam esperando um bebê e que ele Grigo havia deixado sua esposa... “della moglie diceva: adesso l'ho lasciata”,
(da mulher dizia: agora eu a deixei). E afirmou que a esposa sabia do relacionamento dele com Marília e da
intenção de viverem juntos. Que a "esposa” Jessica Alari sabia da relação do marido - isto era
fato.
Tanto que sabia que
Jessica publicou no dia 26 de agosto/2013 em sua página do Facebook. Aqui grifo
- apenas três dias antes do cruel
assassinato:"Non ho un fisico da sballo, per alcune
persone sono antipatica. Non potrò mettermi minigonne e tacchi 20 cm, ma ho le
mie bambine e sicuramente danno più emozioni di tacchi e bellezza".
(Não tenho um corpo como o seu, para algumas pessoas sou antipática. Não posso
usar minissaias e nem saltos de 20 cm, mas tenho as minhas crianças e com toda
certeza elas dão mais emoções que saltos e beleza).
Que pensamentos moveu Jessica Alari a este desabafo? Quem sabe sentia-se
ridicularizada ou então raivosa por saber que o marido estava com uma bela e jovem
mulher, dona de um corpo, que a imprensa italiana assim definiu: “la ragazza
brasiliana, aveva un fisico che faceva girare la testa” (a garota brasileira
tinha um corpo que fazia rodar a cabeça). Marília tinha também uma simpatia e
um sorriso que a iluminava, bem ao contrário de Jessica que declarou no
facebook que era considerada antipática por muitos, de forma que uma vez mais
fazia comparações entre si e Marília.
A bela Marília - um sorriso iluminava
Jessica também publicou
na sua página e em tom de desabafo:
“Le donne sono mamme - lavorano dentro e fuori casa, si sacrificano,
amano, soffrono, cadono, si rialzano, rinascono dopo ogni delusione” (As mulheres são mães, que trabalham em casa e fora, se sacrificam,
amam, sofrem, caem, levantam-se e renascem após cada desilusão). Sabia ela, que
foi traída pelo marido, não escondia sua desilusão e a maternidade era sua
única arma para lutar, sua única certeza de sair vitoriosa, seu escudo. Seguramente
Jessica empunhou sua única arma do momento -
as filhas, como se as pequenas crianças fosse a garantia de que o “marido” não a abandonaria.
Todavia, os posts de
Jessica Alari não começaram com desabafos e nem com demonstrações de
maternidade, mas sim com críticas agressivas, preconceito, racismo,
discriminação, tanto é verdade que no mês de junho/2013 postou no Facebook duas
imagens. Na primeira: bailarinas brasileiras, muito provavelmente passistas das
escolas de samba e escreveu abaixo: “Un
giorno la bellezza scompare” ( uma dia a beleza acaba).Na segunda imagem:
uma moça cuidando de um homem doente e abaixo escreveu Jessica : “Lei
è una vera donna”. (Ela sim é uma verdadeira mulher).
Jessica criticava,
fazia comparações, e sinuava que as mulheres brasileiras são todas bailarinas e
podem oferecer a um homem somente sua beleza, enquanto que mulheres como ela
eram mulheres de verdade, capazes de cuidar de um homem doente, sem interesse
algum. Com as imagens e seus dizeres deixou claro seu racismo em relação à mulher
brasileira. – Que mulher tola! Que mulher invejosa! – Que mulher
preconceituosa! – Que mulher sem amor próprio!
Jessica Alari - a "esposa"
Jessica Alari publicou seus pensamentos, deixando claro que a mulher
certa para o “Grigo” era ela: a esposa, a mama que a imprensa italiana beatificou
pela maternidade e pela certidão de casamento. Afinal ela estava ainda na
cômoda posição de “esposa”, o casamento ainda estava sacramentado no cartório
de registro civil. E Ela na sua posição de esposa podia criticar, alfinetar,
menosprezar, discriminar, sempre sentada no seu trono e a pobre Marília, foi
logo de inicio rotulada como a bailarina, “a amante brasileira”, pois ela estava
sem um trono, sem um documento sacramentado em cartório que fazia dela
formalmente uma esposa. Mas sabia Jessica que foi traída pelo marido, talvez
sua desilusão não
coubesse mais na grande sala do trono da “esposa”, porém ela não admitia
publicamente, talvez por orgulho feminino, porque queria ela ser a “melhor”,
afinal era a esposa, a mãe e italiana. - Quanta hipocrisia social!
E a hipocrisia
familiar continuou, pois justamente no dia que Marília foi assassinada Jessica
Alari postou uma foto do Marido “Grigo” com as filhas nos braços em um bosque.
E Jessica escreveu: “I miei tre amori” (os meus três amores). Sabia ela do
crime?
Ninguém nunca terá a
resposta para esta pergunta, pois Jessica não vai confessar que sabia, que era
de acordo, pois se fizer será considerada cúmplice. Contudo, a frase por ela
publicada, com a imagem do “bom pai” com as filhas leva a múltiplas interpretações, inclusive traz a tona muitas indagações, muitos sentidos
ocultos. Curioso que a mesma foto foi
postada ou marcada no perfil de Grigolletto. Por quem?
O casal Grigolletto
na tarde de domingo (três dias após o crime)
foi visto juntos no hangar do aeródromo cumprimentaram, tomaram algum coisa e foram embora. Ao que
tudo indica queriam ser vistos juntos, queriam mostrar que estavam bem, que não
tinham preocupação alguma, que nada de anormal aconteceu na vida do casal, que
tudo voltara a ser como antes. Mas por quê no aeródromo onde estava sempre com Marília? A pedido de Jessica ou por ser o Grigo decididamente um psicopata?
Ora, mas ninguém pode
deixar de grifar que algo mudou na vida de Jessica desde o desabamento do
casamento, pois se antes ela postava fotos sorridente, despreocupada, a exemplo
das fotos da despida da solteira. Passou a outras postagens: fotos formais, sérias,
mudou até mesmo a cor do cabelo de loiro para escuro, na tentativa de se mostrar
como dona de casa, esposa, mãe.
Qual o motivo de mudança tão repentina? Qual o
motivo da pose de rainha do lar?
Quando Grigolletto
foi preso acusado do assassinato Jessica disse aos jornalistas: “Non posso proprio parlare.. Rivolgetevi al mio avvocato” ( Não
posso dizer nada. Entrem em contato com minha advogada). E a advogada do casal,
Elena Raimondi, declarou que a mulher de
Grigoletto, Jessica Alari, recebeu a notícia sobre a traição. "Em uma noite, ela ficou sabendo que o
marido tinha outra mulher, que essa mulher esperava um filho, que poderia ser
dele e ainda viu a polícia levá-lo de casa como o principal suspeito da morte
dessa mulher. Acho que não preciso dizer como ela se sente. Mas a sua
decisão é de apoiar o marido". (Aqui vale grifo). Apoiar um marido
que comete um crime tão feroz? Por quê? Por dinheiro, por amor, pela sua
responsabilidade de esposa, afinal pelo juramento: “Na tristeza e na alegria,
na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza.”
Escreveu Jessica no FB: eu na moto na casa de Claúdio em sua moto.. bela fess
Até quando a Jessica
pretende posar de “esposa beatificada . Até quando irá consentir que o
casamento seja usado pelo criminoso como justificativa do crime? Que orgulho
próprio tem esta mulher, essa mãe? Será falta de orgulho próprio, amor, apego
ao dinheiro, à vida de luxo e conforto?
A advogada do casal também
declarou que esteve com o cliente pela manhã e que a única preocupação dele
naquele momento era com a família. "Ele
está muito preocupado, não com ele, mas com as filhas pequenas e com a mulher,
que está no período pós-parto".
Que declaração
contraditória e absurda! Um sujeito, principal suspeito de um crime hediondo e
a advogada quer convencer que o Grigo é “Um protetor”, que se preocupa mais com
os outros que consigo mesmo. O Grigo não se preocupou com a gravidez da
“esposa”, com o seu pós-parto, quando brindava com champagne a gravidez de
Marília e dizia para todos sem o menos pudor que havia separado da mulher e que
seu futuro era com Marília. Quem o fez mudar de ideia em poucos dias e cometer
um crime horroroso A mulher? As filhas? Ou dinheiro? Talvez não quisesse
partilhar a mansão que acabara de comprar no caso de uma dissolução do
matrimônio.
Que preocupação teve
este “homem doméstico” quando brutalmente tirou a vida de Marília e de sua
própria filha que no ventre materno crescia?
A despeito da imagem “família” que a advogada tentou criar para Cláudio
Grigolletto, ele não passa de um assassino cruel, frio, fanfarrão, rico e mentiroso.
Um sujeito que achava que neste mundo tudo podia. Um homem burro que sequer soube
cometer um crime perfeito ou então um homem que entendeu que Marília era nada,
que sua morte não iria afetar ninguém, que ela não tinha importância alguma. Afinal era só uma moça brasileira, a "amante" conforme a chama a imprensa italiana.
Um piloto que se vangloriava dizendo: “Io sono il più bravo” (eu sou o melhor)
e contava mentiras sobre missões no Afeganistão. A esposa Jessica outra
mentirosa que se deu ao trabalho de fazer curativos na mão de um assassino e
depois mentir para a policia dizendo que o “marito” se feriu enquanto brincava
com as filhas. Mentira tola que logo foi descoberta, já que marido disse que
feriu consertando motor de avião. Dois grandes mentirosos e convenhamos: se merecem, pois são a tampa e o balaio.
O Grigo mentiu e
mentiu até onde conseguiu, por fim quando todas as provas mostraram quem era o
assassino, decidiu confessar-se culpado. Deu sua versão absurda e contraditória. Segundo o assassino confesso de Marília, os
dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço
teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher
teve após a queda.
Versão de pronto contestada
pelos investigadores. Os exames periciais mostraram que a jovem morreu por
estrangulamento, não em decorrência de uma queda. Lembrou os peritos do ácido muriático que ele tentou fazer Marília ingerir, da amônia, das
luvas que o
assassino usou para manipular o ácido, do tubo de gás que ele abriu e a chave
usada foi encontrada entre seus pertences, os recibos de compra de amônia,
ácido, luvas e etc encontrados no seu escritório, os resíduos de pele do
assassino encontrado nas unhas de Marília.
Como se todas estas
provas por si só não bastasse, os investigadores ainda encontraram no seu
telefone pesquisas sobre venenos, explosivos, ácidos dias antes do crime e
também encontrarem um acesso do Grigolleto pesquisando sobre explosão e sobre a
morte de Marília, alguns minutos após tê-la assassinado.
Na verdade é que ele
confessou apenas que acorreu o evento morte, durante uma luta corporal, não
disse a verdade, não se mostrou arrependimento e contou um monte de mentiras
sabe-se instruído por quem? O que se sabe é que tentou se safar da prisão
perpétua confessando – tudo não passou de estratégias dos advogados quando
perceberam que não seria mais possível continuar negando inocência, já que as
provas periciais apontavam para o assassino: Cláudio Grigolletto.
De acordo com o
promotor Fernando Martins, que acompanhou na Itália a investigação do crime: “a
confissão pode ser uma estratégia do empresário para se livrar da prisão
perpétua, pois no processo penal italiano, quando o réu confessa, ele cai em
uma situação de processo primário e negocia a pena. Neste caso tem que cumprir
no mínimo 20 anos e depois poderá ser solto. No procedimento normal ele pegaria
prisão perpétua. Com certeza a confissão foi uma estratégia. Mas tem uma outra
visão, porque na parte cível ele terá de indenizar a família da vítima”.
Confissão Ilustre
Promotor? Não, de forma alguma, discordo plenamente! Pois o réu deve confessar
fatos que sejam do seu conhecimento e não dependam de comprovação por outras
fontes, a exemplo de provas periciais, testemunhais, documentais - Fatos que
estejam em acordo com as provas do inquérito Em poucas palavras, a confissão é
a admissão por parte do acusado da veracidade da imputação que lhe foi feita
pelo acusador. Na confissão, o réu deve pormenorizar todas as circunstâncias
atinentes ao fato confessado, a fim de que dúvidas não subsistam no espírito do
julgador.
Grigolletto deu uma
versão dos fatos que contraria todas as provas do inquérito. Qual juiz vai
julgar com base na versão dada pelo réu confesso se todas as provas demonstram
as mentiras por ele contadas, faz cair por terra todos os fatos por ele
afirmados?
Portanto Grigolletto nada
confessou, apenas disse que matou e deu uma versão mentirosa dos fatos, versão
esta contestada pelos peritos criminais e de pronto. Isto não é confissão e sim
tentativa de ludibriar, de mascarar a verdade, assim nada mais justo que os tribunais
o condenem a uma pena de prisão perpétua e que ele viva muitos anos para
aproveitar a cadeia.
- Cumpre aqui esclarecer:
- Todas as imagens foram baixadas da internet, encontradas em sites públicos.
- Todas as citações foram extraídas de textos em sites da internet, publicadas por jornais italianos, outras na imprensa brasileira.
Um comentário:
As vezes dormimos com o inimigo! Que sujeito cruel e ardiloso.
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