Assassinos cruéis e covardes –
Caso Daniella Perez:
GUILHERME DE PÁDUA e PAULA TOMÁZ.
Determinados crimes não podem
cair no esquecimento, pois se lembramos deles, mudamos leis e clamamos por
justiça. Determinados criminosos ainda que tenham saldado suas dívidas com a justiça
e com a sociedade, nunca saldara a divida com a família da vitima. Dor,
sofrimento, perda, saudade, lembranças boas e ruins, somente poderiam ser
quitadas se possível fosse trazer de volta aquela vida tirada e isto é impossível,
portanto o débito permanece aqui e lá em cima.
Não adianta o criminoso passar
alguns anos na cadeia e achar que quitou todos seus débitos. Nunca será
esquecido que ele roubou uma vida - O bem mais precioso do ser humano! O perdão
do povo pelo seu crime cruel, pela sua covardia, ele não terá em vida e mesmo
se vivesse mais 100 anos, ele ainda seria julgado e condenado pelas pessoas.
Guilherme de Pádua e Paula Tomáz, saíram
da cadeia em 1999 , antes mesmo de cumprirem 07 anos de prisão e isto gerou muita
indignação. Atualmente vivem suas vidas. Ele tornou-se evangélico e casou-se novamente com
uma mulher que também se chama Paula, também trabalha na área de tecnologia da
informação da Igreja e em projetos de proteção a animais com a atual mulher.
Não teve mais filhos e também não tem contato com o filho que teve com Paula.
Questionado por jornalistas sobre
seus trabalhos na igreja ele respondeu: Vim mostrar para as pessoas como um
cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão apaixonado por
Jesus Cristo. E afirmou que “sempre ora pela vida de Glória Perez”. Que cínico!
Rouba a vida da filha e depois diz que ora pela mãe.
Guilherme só esta disfarçando sua
verdadeira natureza atrás da vestimenta de bom cristão, enfiado em uma igreja
evangélica. Mas toda oportunidade que se apresente para se mostrar na imprensa,
lá esta o ator medíocre e assassino representando
sua farsa! Agora no papel de bom samaritano.
Paula mudou de nome e se casou com
um advogado Sérgio Ricardo Rodrigues Peixoto, com quem tem dois filhos,
tendo seu atual marido adotado o filho que teve com Guilherme. Moram em um
apartamento de luxo localizado a duas quadras da praia de Copacabana e a quatro
quarteirões da praia de Ipanema. Frequenta um salão de beleza caro em Copacabana
onde e corta os cabelos e faz as unhas. Para cuidar dos dois filhos ela conta
com a ajuda de uma babá.
Ela foi tão covarde que não
aguentou o fardo de carregar seu nome sujo e imundo de assassina e resolveu
mudar seu nome para Paula Nogueira Peixoto. Mesmo vivendo com todos os luxos e
privilégios de uma moradora da Zona Sul do Rio de Janeiro, tornou-se hábito
fugir dos olhares das pessoas que possam lembrarem de seu passado criminoso.
O
medo de ser reconhecida faz sentido, pois estava ela na areia da praia com o
pai, pessoas que estavam perto e a reconheceram imediatamente juntaram seus
pertences e se afastaram. Paula não trabalha e chegou a ingressar, em 2000, no
curso de direito da Faculdade Cândido Mendes, em Ipanema, porém hostilizada
pelos colegas, trancou a matrícula após um ano de estudos. A festa de aniversário
de um dos filhos ficou praticamente vazia e até os garçons que a reconheceram
se recusaram a servi-la.
Guilherme e Paula merecem a
aversão das pessoas, assassinaram covarde e cruelmente Daniella Ferrante Perez
Gazolla, atriz e bailarina que galgaria em pouco tempo o posto de namoradinha do
Brasil, contudo roubaram sua juventude e seu futuro por inveja e maldade de
Guilherme e de sua esposa Paula grávida de 04 meses.
Guilherme um ator medíocre, em
busca do estrelato, junto com a mulher, Paula Thomaz, trama o assassinato de
Daniella. E para selar o pacto
criminoso, fazem uma tatuagem nos órgãos genitais, onde um escreve o nome do
outro. "Ambição, egocentrismo,
megalomania, sede de poder e sucesso".
O país inteiro, ficou chocado e
revoltado, acompanhou passo a passo a tragédia do assassinato da jovem e
talentosa atriz, adorada por uma legião de fãs. O crime que teve repercussões mundiais e dificilmente
será apagado da memória do público brasileiro”.
Na noite do dia 28 de dezembro de
1992, Daniella Perez, de 22 anos, foi brutalmente assassinada a poucos
quilômetros do estúdio Globo Tyccon, num matagal na Barra da Tijuca, Zona Oeste
do Rio de Janeiro. Segundo a perícia, ela foi morta com 16 golpes de um
instrumento "perfuro-cortante" (punhal), desferidos no pescoço e no
tórax, perfurando a traqueia, o pulmão e o coração. Um violento soco na face
direita, de acordo com os laudos periciais, aplicado minutos antes da morte.
Nenhuma lesão de defesa, nenhuma gota de sangue no local e nem no corpo, ainda
que a causa mortis tenha sido e segundo o IML, anemia aguda, que se caracteriza
por intensa perda de sangue. Das doze escoriações oito atingiram o coração e
isso evidenciaria a vontade de levar a vítima ao óbito.
O crime ocorreu pouco depois da
gravação da novela De Corpo e Alma, de autoria de Gloria Perez (mãe de
Daniella), exibida pela Rede Globo. Na trama, Daniella interpretava a doce e
romântica bailarina Yasmin, namorada do motorista ciumento e machão Bira,
interpretado por Guilherme de Pádua Thomaz, de 23 anos. Algumas horas após
gravar sua última cena, o corpo da atriz foi encontrado, pois moradores de um
condomínio próximo, ao avistarem dois carros parados em local suspeito, acionaram
a polícia.
Um dos moradores teve o cuidado
de anotar as placas dos carros, o que levou a polícia, na manhã do dia
seguinte, a bater na porta do principal suspeito. Tratava-se do próprio Guilherme
de Pádua, um assassino frio e calculista, capaz de ir "prestar
solidariedade" na delegacia à Gloria Perez e ao ator Raul Gazolla, marido
de Daniella, antes de ser descoberto.
Raul Gazolla - com uma rosa nas mãos na missa de 15 anos de morte de Daniella.
O delegado que conduziu as
investigações, disse que Guilherme ao dar seu depoimento negou a autoria do
crime, mas devido às provas evidenciais acabou confessando que matou Daniella.
O delegado também afirmou que durante todo o interrogatório Guilherme estava
calmo, tranquilo e relatou o assassinato sem esboçar reação alguma. Uma alma
gélida.
Na delegacia, Guilherme insinuou que
sua esposa Paula de Almeida Thomaz, de 19 anos, era cúmplice do crime. Ambos
foram presos e aguardaram o julgamento. O casal se divorciou ainda na prisão
após a mudança da versão de Guilherme para o crime, ao dizer que Paula também
participou.
De acordo com os policiais, Paula
reconheceu que participou da barbárie apenas informalmente: seus advogados não
permitiram que ela assinasse a confissão. Depois disso, Paula jamais admitiu
ter matado Daniella, nem sequer ter estado no local, alegando que esteve por sete horas passeando pelos corredores de um
shopping center na Barra da Tijuca. No entanto, durante essas longas horas,
Paula não comprou nada e também não foi vista por ninguém.
Durante o processo, circularam
várias versões que tentavam explicar o motivo da morte de Daniella. Muitas
delas fantasiosas e totalmente absurdas, que, além de denegrirem a imagem da
atriz, acabaram por confundir o grande público e suscitar a imaginação de muitos.
O julgamento se tornou um jogo de
interesses, a imprensa começou propagar fatos fantasiosos para criar a ideia de
crime passional, pois isso diminuiria as penas. A tática foi desmoralizar a
figura de Daniela, tais inverdades trouxeram mais dor para a mãe de Daniella e
revolta para o marido Raul Gazolla.
Isso ocorreu principalmente porque depois da
sua confissão, Guilherme conseguiu na justiça o direito de só voltar a ser
interrogado em juízo. Assim, durante cinco anos, ele disse o que quis e da
forma que lhe foi mais conveniente, com o claro intuito de desviar o foco das
verdadeiras motivações do crime.
Guilherme se limitava a dar versões
sem cabimento dizendo que matou Daniella porque ela o assediava de todas as formas
possíveis, e estava ameaçando destruí-lo profissionalmente.
O criminoso tinha como propósito
convencer a todos que o crime ocorreu "sob violenta emoção", configurando-se
num crime passional. Para a defesa, essa estratégia baseada em história inverossímil
faria com que a pena fosse atenuada e, logo depois do julgamento, Guilherme
estaria em liberdade. A pretensão, porém, não resistiu à verdade dos fatos.
Daniella nunca assediou Guilherme
de Pádua, conforme queria ele convencer a todos. Atores e funcionários da TV Globo
disseram que era ele quem assediava Daniella. Ele a procurava constante e
insistentemente para se queixar dos seus problemas, fazendo-se de vítima, a
ponto de se tornar uma pessoa totalmente inconveniente. Na noite do crime,
Guilherme também foi visto por várias vezes "cercando" a atriz, batendo
na porta do camarim feminino, entregando-lhe bilhetes.
Guilherme, todavia insistiu em
declarar que Daniella usando de artifícios, teria levado-o para um sinistro matagal,
onde tentou beijá-lo à força. Diante da recusa em beijá-la, ela bateu nele de
modo tão violento que, assustado, ele se defendeu usando a tesoura que
casualmente encontrou no carro.
Esperto Guilherme alegou que a
arma usada foi uma tesoura que estava dentro do carro, pois sua mulher
costumava beber muito leite e usava para cortar as caixinhas. Curioso é que
ninguém tinha noticias de que Paula fosse uma viciada em leite. Contudo,
mencionaram a tesoura como a arma usada para descaracterizar a premeditação do
crime.
Em um momento posterior,
Guilherme deu outra explicação para os
golpes que vitimaram a atriz: alegou que para se defender do ataque de
Daniella, aplicou-lhe uma "gravata", vendo-a esfalecida e acreditando
que poderia morrer, ele teria tentado salvá-la fazendo uma traqueostomia com
uma tesoura.
Na última versão, Paula aparece
como única responsável pelo crime. Segundo Guilherme ele articulou o encontro, para provar a Paula que
não tinha nenhum envolvimento com Daniella. Guilherme permitiu que Paula
ficasse escondida no banco de trás do seu automóvel para ouvir a conversa dos
dois, sem que Daniella tivesse conhecimento disso.
Durante a conversa, Paula,
enfurecida de ciúmes, saiu do carro e atacou Daniella, tentando atingi-la
primeiro com uma chave de fenda e, não conseguindo perfurá-la com esse
instrumento, usou a tesoura, porém provado ficou que o crime foi premeditado e
que Paula e Guilherme saíram de casa armados com um punhal com o firme
propósito de matar a jovem atriz. Ao contracenar com Daniella naquela noite,
Guilherme já sabia que iria matá-la, quando, onde e como iria fazê-lo.
Porém a verdade dos fatos comprovada em Juízo é que Daniella foi vítima de uma emboscada, conduzida à força, depois
de espancada e desacordada, ao matagal onde encontraram seu corpo.
No dia do assassinato, Guilherme
usou o carro de seu sogro, adulterou com perfeição a placa do veículo,
transformando a letra "L" em "O". Ele saiu dos estúdios de
gravação da Globo dirigindo o Santana e com Paula escondida sob um lençol no banco
traseiro.
Guilherme parou logo em seguida
no acostamento do posto de gasolina Alvorada, que ficava cerca de 300 metros
dali. Ele esperou o momento certo de agir. Entre 21 h e 21h30, Daniella, que
também havia deixado os estúdios da Globo, entrou no mesmo posto para abastecer
seu carro sem ter a mínima noção de que seus assassinos estavam próximos.
Na saída do posto, Daniella recebeu
uma "fechada" de Guilherme e os dois saíram de seus carros.
Guilherme, então, desferiu um soco violento no rosto da atriz, aplicou-lhe uma
"gravata" e a jogou para dentro do seu carro. Nesse momento, Paula
saiu do banco de trás do Santana e assumiu a direção do carro. Guilherme,
dirigindo o Escort de Daniella seguiu Paula até o local onde cometeram o assassinato da
forma mais cruel possível.
Segundo a perícia, das 16
perfurações encontradas no corpo de Daniella, quatro foram na região da
garganta e 12 no tórax; oito delas estavam concentradas na área do coração:
"Havia uma intenção visível de se atingir um órgão nobre. Não há nem
como argüir de que seria uma coisa impensada: foi intencional. E também ninguém
adultera uma placa de um automóvel num crime passional. A placa de um automóvel
só é adulterada para uma prática ilícita ... É um crime indubitavelmente premeditado,
praticado de uma forma brutal". - Esclareceu Talvane de Moraes, médica legista, do departamento de Polícia Técnica do
Rio de Janeiro.
O casal ainda passou num posto
para lavar as manchas de sangue que ficaram no interior do carro e depois foram
para casa dormir. Tudo foi planejado e arquitetado, nos mínimos e mais sórdidos
detalhes. Guilherme alegou que matou
Daniella porque ela o assediava, nenhuma inverdade em sua alegação que apenas
causou revolta.
De acordo com a Dra. Ana
Beatriz, a qual menciona os criminosos em
seu livro: “Mentes Perigosas – O psicopata Mora ao lado”, a verdadeira motivação do crime está clara ao quando
se analisa a personalidade e o comportamento do assassino".
Guilherme de Pádua é uma pessoa
arrogante, descontrolada, agressiva, de convívio difícil, ambiciosa, vaidosa, exibicionista,
que não se conformava em fazer papéis secundários. Assim foi definido por seus
próprios colegas de profissão.
Ele, que até então não passava de
um ator medíocre, e que mal saía do anonimato ao atuar numa novela de grande
audiência, já se sentia um "ser superior". Estava, ali, a grande
chance de saltar para o universo da fama, do sucesso e do poder, tão almejado.
Antes, porém, seu personagem Bira dependia de um roteiro que não estava
previsto: passar de simples coadjuvante a protagonista.
O ambicioso projeto de ascensão
profissional de Guilherme, ser o astro principal da novela das oito da Rede
Globo, fracassou. Ele mesmo chegou a declarar à imprensa e em depoimento à
justiça que, na semana do crime, pela primeira vez, desde o início da novela De
Corpo e Alma, ao receber o bloco de cenas, verificou que seu personagem estaria
ausente em dois capítulos. Isso lhe provocou muita tensão, e de forma
insistente e assediadora, procurou Daniella para saber por que seu papel estava
se esvaziando.
Afinal, como ele mesmo declarou
em juízo e a jornalistas, numa demonstração explícita de manipulação, que havia
procurado se tornar amigo de Daniella por interesse: "Até porque ela era filha da autora da novela, até no enredo ela
ajudava".
No decorrer da novela, Guilherme
usou de todos os recursos manipulatórios possíveis para persuadir Daniella a
influenciar Gloria Perez a reescrever o seu enredo. Não conseguiu e, numa
reação de ira frente à frustração, premeditou, planejou e executou de forma
maquiavélica o assassinato da atriz.
Na realidade, a tendência natural
de todos é sempre buscar explicações lógicas que justifiquem um ato tão cruel.
No entanto, para pessoas com mentes perversas, qualquer motivo é motivo.
Luiz Alberto Py, psicanalista,
afirmou que “Guilherme não tem a consciência que a maioria humana possui ou
seja a consciência do direito dos
outros, a consciência do direito básico de existir. Uma pessoa com esse tipo de mente,
com esse tipo de formação mental é um "monstro", não é um ser humano
normal e tem que estar isolado da sociedade mesmo! É um "monstro"
moral (...) não funciona como as outras pessoas funcionam. Parece que é gente,
mas não é gente. A mente funciona de uma maneira completamente torta. As
razões, os porquês (do assassinato), esse tipo de porquê é completamente aleatório
(...) Não é um tipo de crime que tenha uma explicação dentro da lógica natural
do ser humano. “
Talvane de Moraes, psiquiatra esclareceu
que: “ Não teve dúvidas de que o assassino sabia exatamente o que estava
fazendo. Portanto, não haveria nenhuma possibilidade de Guilherme ser um doente
mental. Além disso, o fato de não ser ele uma pessoa desconhecida da vítima, mas sim um companheiro de trabalho,
implica que ele estava se utilizando da confiança da vítima, o que agrava a
característica monstruosa da personalidade de Guilherme.”
Durante todo o julgamento Guilherme
se portou de forma irônica e cinica. Interompeu
o próprio julgamento para corrigir e até
chamar a atenção do juiz .
Familiares e amigos da atriz se
chocaram com a postura do réu durante seu depoimento. Utilizando-se de
"representações" teatrais, Guilherme chegou a mudar o tom de voz para
"interpretar" as vozes de Daniella e Paula, Todos os presentes
ficaram em silêncio, estarrecidos quando ele "imitou" como Daniella
teria caído ao ser vitimada.
Frio, sensacionalista, narcisista
não demonstrou arrependimento algum. Foi absolutamente debochado e petulante
com o juiz. Pelo menos durante o julgamento ele foi excelente ator. Convém
destacar traço marcante da personalidade de Guilherme: indiferença, frieza e
cinismo.
Guilherme é tão frio que chegou
ao cúmulo de fazer a seguinte declaração: “O seio esquerdo de Daniella ficou
desnudo. Aquilo me chocou. Cobri o seio, ajeitei os braços que estavam para
cima, para que não ficasse tão feia. Eu sabia que ela seria fotografada depois”.
Guilherme foi julgado em
janeiro/1997 e condenado pelo júri popular a 19 anos de prisão por homicídio
duplamente qualificado: Inciso I, motivo torpe, e Inciso IV, sem chances de
defesa da vítima.
O juiz em sua sentença grifou: “A conduta do réu
exteriorizou uma personalidade violenta, perversa e covarde quando destruiu a
vida de uma pessoa indefesa, sem nenhuma chance de escapar ao ataque de seu
algoz, pois além de desvantagem na força física o fato se desenrolou em local
onde jamais se ouvia o grito desesperador e agonizante da vítima.
Demonstrou o
réu ser uma pessoa inadaptada ao convívio social por não vicejarem no seu
espírito os sentimentos de amizade, generosidade e solidariedade, colocando acima
de qualquer outro valor a sua ambição pessoal.
O juiz observou ainda que
Guilherme só não foi condenado a mais tempo porque tratava-se de um réu
primário. O veredicto, acompanhado por centenas de pessoas, foi aplaudido de
pé. E Quatro meses depois, Paula foi condenada a 18 anos e seis meses.
Guilherme em momento algum demonstrou
qualquer sentimento de arrependimento, de culpa ou de consideração para com a
vítima ou por alguém de sua família. Ao contrário, ele aproveitou de todos os
espaços obtidos na imprensa para se enaltecer, num gesto explícito de
exibicionismo e vaidade.
Vale aqui ressaltar que o
primeiro estudo sobre psicopatas só foi publicado em 1941, com o livro The Mask
ofSanity (A Máscara da Sanidade), de autoria do psiquiatra americano Hervey
Cleckley, que afirmou que "psicopatas apresentam um charme acima da média, uma capacidade
de convencimento muito alta e ausência de remorso ou arrependimento em relação
às suas atitudes".
Depois da morte de sua filha, a
escritora Gloria Perez iniciou um movimento para mudar o Código Penal
Brasileiro. Ela colheu mais de um milhão de assinaturas, para incluir o
homicídio qualificado na lista dos crimes hediondos.
Por ser o assassinato de Daniella
anterior a promulgação da nova lei, Guilherme e Paula foram beneficiados pela
lei anterior e cumpriram apenas 1/3 da pena em regime fechado. Se a lei nova tivesse
alcançado-os, teriam que cumprir a pena
integralmente em regime fechado e não apenas 1/3 da pena.
Podemos perceber que em todos os assassinatos cruéis os criminosos tem algo em comum no que tange a personalidade, o comportamento, as mentiras, cinismo, falta de remorso e indiferença pela vida dos outros.